Há pouco mais de uma semana, o Brasil registrou sua primeira união estável entre três mulheres. O local escolhido para a formalização foi o 15º Ofício de Notas do Rio, localizado na Barra da Tijuca, zona oeste. De acordo com o Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), este é o segundo trio que declara oficialmente uma relação. O primeiro caso aconteceu em Tupã, no interior de São Paulo, em 2012. Na ocasião, um homem e duas mulheres procuraram um cartório para registrar a relação. Com medo de serem hostilizadas, as três mulheres preferiram não dar entrevista. De acordo com a tabeliã Fernanda de Freitas Leitão, que celebrou a união, o fundamento jurídico para a formalização desse tipo de união é o mesmo estabelecido na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2011, ao reconhecer legalmente os casais homossexuais. “Não existe uma lei específica para esse trio, tampouco existe para o casal homoafetivo. Isso foi uma construção a partir da decisão do STF, que discriminou todo o fundamento e os princípios que reconheceram a união homoafetiva como digna de proteção jurídica. E qual foi essa base? O princípio da dignidade humana e de que o conceito de família é plural e aberto. Além disso, no civil, o que não está vedado, está permitido”, explicou a tabeliã.
O presidente do IBDFAM, Rodrigo Pereira, declarou que a relação entre três pessoas é reconhecida quando for caracterizada como núcleo familiar único. “Essas três mulheres constituíram uma família. É diferente do que chamamos de família simultânea (casais homo ou heterossexuais). Há milhares de pessoas no Brasil que são casadas, mas têm outras famílias. Esses são núcleos familiares distintos. Essas uniões de três ou mais pessoas vivendo sob o mesmo teto nós estamos chamando de famílias poliafetivas”, afirmou Pereira.
Por lei, uma mesma pessoa não pode se casar com outras duas [por enquanto...]. Mas o caso do trio é diferente por ser visto como uma união única.
Além da união estável em si, as três mulheres fizeram testamentos patrimoniais e vitais. O próximo passo delas é gerar um filho por meio de inseminação artificial. Por isso, a declaração da relação foi acompanhada dos testamentos, que estabelecem a divisão de bens e entregam para as parceiras a decisão sobre questões médicas das três cônjuges. [...]
Pereira explica que todos os direitos concedidos aos casais com união estável devem ser garantidos ao trio de mulheres. “A proteção legal deve ser a mesma. Ainda não tem jurisprudência, porque isso está começando. Isso é novo para o Direito, mas não tem uma verdade única. A família é um elemento da cultura, sofre variações”, completou. [...]
(JusBrasil)
Nota: Não, a família não é um “elemento da cultura”. O conceito de família e de casamento – a união monogâmica entre um homem e uma mulher – vem do relato da criação, em Gênesis. Quando esse relato passou a ser visto paulatinamente como um mito, uma alegoria (mesmo por pessoas e igrejas que dizem seguir a Bíblia), estava preparado o caminho para a dissolução do conceito bíblico de casamento. Uma vez que o “casamento” de pessoas do mesmo sexo foi aprovado, não mais haverá impedimentos morais (e logo, logo legais) para situações que envolverem poligamia, incesto (duvida?) e, por que não, até zoofilia. Abriram a porta, agora não tem como segurar o que passar por ela. Ao abandonar a visão criacionista das origens, a humanidade destruiu os fundamentos morais e teológicos sobre os quais deveria estar fundada. Além do casamento, o sábado, memorial da criação, também tem sido relido à luz da teologia liberal e do paganismo. Tivesse sempre sido guardado por todos os cristãos, quem sabe essa situação toda fosse diferente hoje. [MB]
Fonte: O Estadão.
Bem, estamos vivendo o mesmo período antes do diluvio: Veja o que acontecia:
Genesis: 4:19 (E disse Lameque a suas mulheres Ada e Zilá)
Levitico: 18:22 a 30 (Com homem não te deitarás, como se fosse mulher;... Nem te deitarás com um animal, para te contaminares com ele; nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele; confusão é...Por isso a terra está contaminada; e eu visito a sua iniqüidade, e a terra vomita os seus moradores.... Porque todas estas abominações fizeram os homens desta terra, que nela estavam antes de vós; e a terra foi contaminada.
Para que a terra não vos vomite, havendo-a contaminado, como vomitou a nação que nela estava antes de vós.
Porém, qualquer que fizer alguma destas abominações, sim, aqueles que as fizerem serão extirpados do seu povo.
Portanto guardareis o meu mandamento, não fazendo nenhuma das práticas abomináveis que se fizeram antes de vós, e não vos contamineis com elas. Eu sou o Senhor vosso Deus.
Por Joshua Soares
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
Faculdades devem respeitar sábado de alunos adventistas
O juiz David de Oliveira Gomes Filho, da Segunda Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, decidiu que seja respeitada a liberdade religiosa dos alunos da Faculdade Mato Grosso do Sul (FACSUL) e da Faculdade Campo Grande (FCG) que, em razão de crença, não podem frequentar aulas no sábado e alegavam ser prejudicados com faltas e nas avaliações. A Ação Civil Pública foi ajuizada pela seccional da OAB/MS em 2012, assinada pelo então presidente Leonardo Avelino Duarte. Os alunos procuraram a OAB para buscar a garantia de seus direitos. De acordo com Avelino Duarte, se buscou a garantia da realização de obrigações acadêmicas de maneira alternativa, sendo aplicadas nos outros dias da semana tendo como base a Lei Estadual nº 2.104/00, que assegura ao aluno requerer à instituição de ensino, públicas ou privadas, que lhe sejam aplicadas provas ou trabalhos acadêmicos em dias não coincidentes com o período de guarda religiosa.
As instituições de ensino alegam que não poderiam mudar a grade curricular e cronograma de atividades em razão da fé dos acadêmicos, pois ao ingressarem na faculdade estariam de acordo com o regimento da instituição superior de ensino. No entanto, um parecer do Ministério Público Estadual recomenda que a FACSUL e a FCG têm obrigação constitucional de respeitar a liberdade de crença “dos seus acadêmicos, em especial aqueles que guardam o pôr do sol de sexta até o pôr do sol de sábado por serem adeptos da religião Adventista do Sétimo Dia”.
Com a decisão, os alunos sabatistas terão abono das faltas e a universidade deverá oferecer atividades em datas alternativas para os acadêmicos que justificarem a transferência da data por razão de crença religiosa. Não foi concedida a aplicação de nenhuma multa para as duas faculdades.
Postado por: Bíblia e a Ciência - 22 de outubro de 2015
Mais uma vitória de Deus na vida de nossos irmãos academicos.
Lutando pela vida * Michael Schumacher
A família de Michael Schumacher já gastou mais de 10 milhões de libras (cerca de R$ 43 milhões) no tratamento do ex-piloto de fórmula 1, desde que ele sofreu o acidente de ski nos Alpes franceses há 14 meses. O montante, estimado por médicos próximos à família, foi revelado pelo jornal britânico Daily Express. A despeito de todos os esforços, a família e os amigos ainda não têm nenhuma garantia mais contundente de que o atleta de 46 anos irá voltar um dia a ter uma vida normal. Uma pessoa próxima à família disse ao jornal: "O progresso é dolorosamente devagar. Não há milagre no horizonte".
Como já havia sido revelado anteriormente, a família montou uma verdadeira estrutura para receber o astro em sua mansão suíça - com diversas adaptações e novas instalações. As mais recentes informações sobre o estado de saúde de Schumacher dão conta que ele permanece "muito limitado mentalmente" e que ainda não é capaz de andar.
Ele está sob os cuidados de um time de 15 médicos, liderados pelo professor Jean-Francois Payen, que foi quem operou sua cabeça lecionada após o acidente, ocorrido em dezembro de 2013. Uma das maiores dificuldades em todo o tratamento para o médico, segundo o jornal, é lidar com a constante e ansiosa expectativa da mulher Corinna e dos filhos do piloto, Mick,15, e Gina-Maria, 17.
"O que tortura os fãs é exatamente o mesmo que tortura a família - o progresso é devagar, o progresso é incerto", disse Peter Hamlyn, neurologista e especialista em lesões na cabeça causada por alguma prática esportiva. Hamlyn cuidou do boxeador Michael Watson, após ele sofrer uma grave lesão durante uma luta com Briton Chris Eubank em 1991. O tratamento foi bem-sucedido. "Os primeiros meses depois da lesão são dominados por uma questão de sobrevivência. Gradualmente, à medida que as semanas e meses vão passando essa questão vai se transformando em dúvidas sobre a qualidade da sobrevivência do paciente", afirmou ao jornal.
No caso de Schumacher, nos seis primeiros meses após o acidente ele ficou em coma induzido e, recentemente, entrou em nova fase do tratamento. O professor Payen afirmou ao Daily Express que mantém profunda admiração pela esposa do piloto, que está na linha de frente do tratamento: "Ela tem exibido em todos os sentidos uma força de vontade excepcional. Ela sabia da gravidade da situação e do longo caminho que está por vir. Mas ela olha as coisas de modo muito claro e faz todos os esforços que pode para ajudar a melhorar a condição do seu marido".
"O que tortura os fãs é exatamente o mesmo que tortura a família - o progresso é devagar, o progresso é incerto", disse Peter Hamlyn, neurologista e especialista em lesões na cabeça causada por alguma prática esportiva. Hamlyn cuidou do boxeador Michael Watson, após ele sofrer uma grave lesão durante uma luta com Briton Chris Eubank em 1991. O tratamento foi bem-sucedido. "Os primeiros meses depois da lesão são dominados por uma questão de sobrevivência. Gradualmente, à medida que as semanas e meses vão passando essa questão vai se transformando em dúvidas sobre a qualidade da sobrevivência do paciente", afirmou ao jornal.
No caso de Schumacher, nos seis primeiros meses após o acidente ele ficou em coma induzido e, recentemente, entrou em nova fase do tratamento. O professor Payen afirmou ao Daily Express que mantém profunda admiração pela esposa do piloto, que está na linha de frente do tratamento: "Ela tem exibido em todos os sentidos uma força de vontade excepcional. Ela sabia da gravidade da situação e do longo caminho que está por vir. Mas ela olha as coisas de modo muito claro e faz todos os esforços que pode para ajudar a melhorar a condição do seu marido".
Reflexão:
A nossa vida é assim, uma hora tudo e glórias, conquistas, festas, viagens, riquezas em fim... E ainda ouço as pessoas dizerem: "Viva a vida profundamente, curta o que ela tem de bom para nos oferecer, eu sou feliz neste mundo e nada pode me tirar essa felicidade"
Mais o que é ser feliz neste mundo? O que adianta o homem ganhar tudo e no final perder a preciosa vida?
Observou o que foi dito acima? "O progresso é dolorosamente devagar. Não há milagre no horizonte".
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
A PORTA ABERTA E A PORTA FECHADA
Esta é uma expressão derivada de Apoc. 3:7 e 8, onde Cristo é descrito como Aquele que “abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá” (uma alusão a Isa. 22:22), e como Alguém que diz à igreja de Filadélfia: “Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar”. Os adventistas têm aplicado este texto ao encerramento da primeira fase e a abertura da segunda e final fase do ministério de Cristo no Céu, onde Ele tem sido o sumo sacerdote dos cristãos desde Seu sacrifício na cruz (ver Santuário). O duplo ministério de Cristo foi prefigurado pelo serviço do antigo sumo sacerdote, que servia “em figura e sombra das coisas celestes” (Heb. 8:5). No santuário terrestre ele servia diariamente no lugar santo, o primeiro compartimento do santuário, e uma vez por ano no lugar santíssimo, o compartimento interior onde estava a arca de ouro na qual estavam as tábuas dos dez mandamentos e sobre a qual aparecia a glória visível de Deus. Esta entrada no santo dos santos ocorria no Dia da Expiação na cerimônia de purificação do santuário (Lev. 16).
Ao aplicar o tipo a Cristo, Ellen White declarou: “Então Jesus Se levantou e fechou a porta do lugar santo e abriu a porta que dá para o santíssimo, e passou para dentro do segundo véu, onde permanece agora junto da arca e onde agora chega a fé de Israel. Vi que Jesus havia fechado a porta do lugar santo, e que nenhum homem poderia abri-la; e que Ele havia aberto a porta para o santíssimo, e que homem algum podia fechá-la (Apoc. 3:7 e 8); e que uma vez que Jesus abrira a porta para o santíssimo, onde está a arca, os mandamentos têm estado a brilhar para o povo de Deus, e eles estão sendo testados sobre a questão do sábado” (Present Truth 1:21, agosto de 1849; também Primeiros Escritos, pág. 42).
Esta aplicação corrigiu, não imediatamente mas num prazo mais longo, um conceito errôneo sobre a “porta fechada” da parábola das virgens néscias e prudentes – uma concepção errônea que havia sido derivada do movimento milerita de 1844. Os mileritas haviam baseado sua expectativa da volta de Cristo principalmente na profecia de Daniel sobre a purificação do santuário no final dos 2300 dias proféticos (Dan. 8:14). No clímax do movimento, em 1844, eles especificamente relacionaram esta profecia com a cerimônia de purificação do antigo Dia da Expiação, como se tipificasse o fim da mediação de Cristo (embora vissem a purificação do santuário como a purificação da Terra no fogo final). Ao mesmo tempo deram ênfase crescente e específica à parábola profética das virgens prudentes e néscias (Mat. 25).
Guilherme Miller havia comparado sua mensagem da expectativa do segundo advento ao “clamor da meia-noite” da parábola (“Eis aí o noivo!”), e havia enfatizado o ponto de que as virgens prudentes, que estavam prontas para encontrar o noivo que chegava, entraram com ele para as bodas, e a porta foi fechada, deixando as virgens atrasadas do lado de fora. As virgens ele interpretou como os que foram chamados a encontrar o Senhor que estava voltando; as bodas, como o reino eterno, do qual os despreparados seriam para sempre excluídos. “‘E fechou-se a porta’”, ele disse, “subentende o encerramento do reino mediatório, e o término do período do evangelho” (Guilherme Miller, Evidence … of the Second Coming of Christ [1840], pág. 237). Diferentemente da maioria das outras pessoas que estavam então esperando pelo breve retorno de Cristo (ver Premilenialismo), os mileritas colocavam forte ênfase sobre a doutrina de que na vinda de Cristo todo ser humano ou estaria preparado ou despreparado para encontrá-Lo, e que a oportunidade de salvação então cessaria. Isto em jargão teológico era chamado o encerramento do tempo de graça. Os mileritas ensinavam que “a noção de um tempo de graça após a vinda de Cristo é um chamariz para a destruição, inteiramente contrário à Palavra de Deus, a qual ensina positivamente que quando Cristo vier a porta será fechada, e os que não estiverem prontos nunca poderão entrar” (“Boston Second Advent Conference”, The Signs of the Times 3:69, 1o de junho de 1842; reimpresso em SB, nº 1083). Porque esperavam que Cristo voltasse no fim dos 2300 dias proféticos, haviam enfatizado o encerramento do tempo de graça no final desse período. Portanto, durante um curto tempo após o desapontamento de outubro de 1844, Miller e muitos outros acharam que sua obra pelo mundo estava concluída, que restava apenas um pequeno “tempo de tardança” – talvez alguns dias ou meses – até que Cristo viesse. Em dezembro de 1844 Miller escreveu: “Fizemos nossa obra em advertir os pecadores e em tentar despertar uma igreja formal. Deus em Sua providência fechou a porta. Só podemos nos estimular uns aos outros a ser pacientes e diligentes em confirmar nossa vocação e eleição. Estamos agora vivendo no tempo especificado em Malaquias 8:18 (também Dan. 12:20, Apoc. 22:10-12). Nesta passagem não podemos deixar de ver que um pouco antes de Cristo voltar, haveria uma separação entre os justos e os injustos, entre os justos e os ímpios, entre os que amam a Sua vinda e os que a odeiam. E nunca, desde os dias dos apóstolos, foi traçada tal linha divisória como a que foi traçada em relação ao sétimo mês judaico” (carta de Miller, no Advent Herald, 11 de dezembro de 1844, pág. 142; reimpresso no Western Midnight Cry 4:25, 21 de dezembro de 1844). Outros se expressaram de maneira semelhante a princípio. Mas J. V. Himes, o mais eminente colega de Miller, e outros, sustentavam que, uma vez que Cristo não havia voltado, o período profético dos 2300 dias não devia ter terminado em 1844; que devia se estender a alguma outra data no futuro, e portanto que o cumprimento do “clamor da meia-noite” da parábola das virgens também ainda estava no futuro; e que o movimento de outubro de 1844 (ver Movimento do Sétimo Mês) era um erro, e não o cumprimento da profecia. Na primavera de 1845 o principal grupo milerita, incluindo Miller, tinham tomado esta posição. Este grupo, ainda possuído da idéia de que a “porta” da parábola das virgens não podia ser outra senão a “porta da salvação’, argumentava assim: Uma vez que Cristo não veio, a porta da salvação ainda deve estar aberta; portanto, a parábola das dez virgens ainda não se cumpriu. Concluíram que qualquer pessoa que ensinasse que esta parábola havia se cumprido devia crer que o tempo de graça havia se encerrado, e devia, portanto, ser ipso facto um herege da “não-misericórdia”. A frase “porta fechada” se tornou um epíteto.
Mas uma minoria continuou a defender que o tempo estava correto; que o erro devia ter sido na natureza do cumprimento profético; que em outubro de 1844 os 2300 dias haviam terminado no Dia da Expiação simbólico e que a parábola havia se cumprido (embora não da maneira que eles esperavam); e portanto que a porta da parábola – o que quer que ela significasse – havia se fechado em cumprimento da profecia. Para eles a frase “porta fechada” era equivalente à afirmação da crença de que o “verdadeiro clamor da meia-noite” havia sido o clímax de uma mensagem dada por Deus, e de que o movimento de 1844 havia sido dirigido e permitido por Deus, em Sua providência, como um teste de sua consagração e de sua disposição para estar prontos a encontrar seu Senhor.
Naturalmente estes consideravam a maioria, que havia renunciado ao “tempo”, como tendo voltado as costas à verdade e negado a direção do Senhor no “clamor da meianoite”. Alguns continuaram a defender – como Miller havia ensinado – que a porta era a da salvação, pois ainda esperavam que Cristo viesse muito em breve. À medida que o tempo passava, alguns passaram a sustentar que era a porta O “acesso” para os ouvintes – os indivíduos obstinados e voluntariosos que haviam fechado os ouvidos à mensagem de Deus para aquela época; em qualquer dos dois casos não havia qualquer chance de sua mensagem ser aceita pelo mundo naquele momento. A infeliz controvérsia sobre a “porta fechada” magnificou indevidamente o assunto e prolongou os mal-entendidos. Como era de esperar, os ânimos se acirraram nesta época de desilusão e confusão.
Os extremistas da doutrina da porta fechada declaravam que Cristo havia vindo, não literalmente, mas “espiritualmente” (ver Espiritualismo [1]). Mas o pequeno grupo que formou o núcleo da futura Igreja Adventista do Sétimo Dia se opôs igualmente aos caprichos daqueles que declaravam que Cristo havia vindo espiritualmente e a posição da maioria que “negava sua experiência passada” no movimento de 1844. Eles conservaram sua confiança no cumprimento de 1844, e concluíram que seu erro estava no evento que haviam esperado.
Eles aceitaram a explicação do Desapontamento que foi primeiro proposta por Hiram Edson no dia seguinte ao Desapontamento, a saber, que o ministério de Cristo como nosso sumo sacerdote no santuário celestial não havia terminado com os 2300 dias, mas havia entrado em outra fase, simbolizada (1) pela entrada do sumo sacerdote no santo dos santos, o início da purificação simbólica do santuário, e (2) pela vinda do noivo às bodas (não à Terra); e que o final desta fase, simbolizada pelo ato de o sacerdote sair do santuário e pelo ato de o noivo voltar das bodas (Lucas 12:36), ainda estava no futuro, e seria seguida pelo Segundo Advento.
O fato de conservarem a crença no término dos 2300 dias em 1844 e de separarem o Segundo Advento desse período profético os salvou do erro ao qual a maioria do grupo foi suscetível – o de procurar datas futuras para o fim. Mas os deixou com o dilema de ou aceitar a doutrina da não-misericórdia ou corrigir seu conceito da “porta fechada” da definição inicial que ela possuía no movimento milerita. Eles gradualmente passaram a ver a abertura da fase final do ministério de Cristo como o fechamento da porta do lugar santo e a abertura da porta do santíssimo – a abertura de uma nova mensagem do sábado, e a abertura de um ministério mais amplo em favor do mundo antes do segundo advento. Mas isso levou tempo.
É interessante traçar os passos pelos quais os pequenos grupos que mais tarde se tornaram os Adventistas do Sétimo Dia saíram do dilema da porta fechada e resolveram o duplo problema: (1) A porta está fechada? e (2) O que é a porta? Ellen G. Harmon (mais tarde White) foi acusada de reivindicar revelação divina para a doutrina da não-misericórdia. Isto ela negou. Ela declarou mais tarde: “Com meus irmãos e irmãs, após a passagem do tempo em quarenta e quatro, acreditei que não mais se converteriam pecadores. Nunca, porém, tive uma visão de que não se converteriam mais pecadores. … Foi-me mostrado que havia uma grande obra a ser feita no mundo por aqueles que não haviam tido a luz e rejeitado. Nossos irmãos não podiam compreender isto em face da fé que tínhamos no imediato aparecimento de Cristo” (Carta 2, 1874, em Mensagens Escolhidas, livro 1, pág. 74).
Sua primeira visão (dezembro de 1844) retratou o “povo do Advento” viajando ao longo de um caminho para a Cidade Santa com a luz do “clamor da meia-noite” atrás deles, e entrando na cidade no Segundo Advento. Esta visão, para aqueles que a aceitaram, significava a certeza de que a mensagem e o movimento de 1844 não havia sido uma ilusão; ou, em outras palavras, que os 2300 dias haviam terminado e a parábola, com sua “porta fechada”, havia se cumprido, e que muito em breve eles veriam seu Senhor, que estava retardando Seu aparecimento para testar-lhes a fé.
A visão dela em 1845 estava em harmonia com a explicação de Edson – o fato de Cristo, o sumo sacerdote, ir do lugar santo para o lugar santíssimo, dentro do véu, explicado como sendo Sua vinda para receber o reino, após o que Ele iria “voltar das bodas” para receber os que O aguardavam no Segundo Advento. Em 1847 ela ligou esta entrada no santo dos santos com o fechamento da porta.
Assim, tanto Hiram Edson quanto Ellen Harmon ensinaram que a obra de Cristo nosantuário não havia terminado, mas estava continuando em outra fase. Contudo, elesacharam que esta fase representaria apenas um breve período. Quando em 1848 ela descreveu uma visão retratando as futuras publicações adventistas do sétimo dia como “correntes de luz que circundavam o globo”, o pequeno grupo não conseguiu compreender que havia ou o tempo ou a possibilidade de levarem uma mensagem para o mundo em geral. Em 1849 Ellen White teve uma visão do santuário celestial que ilustrou ainda mais o significado da “porta aberta e fechada” em conexão com a mensagem do sábado e com Apoc. 3:7 e 8 (ver citação no início deste artigo). O fechamento de uma porta significava a abertura de outra.
Em 1850 Tiago White relatou a conversão de um homem que “não havia feito qualquer profissão pública de religião” antes de 1845. No ano seguinte houve uma notável mudança. Em abril, Tiago White declarou que a porta estava fechada para “aqueles que haviam ouvido a mensagem do evangelho eterno e rejeitado-a”, mas afirmou que as seguintes classes de pessoas podem ser convertidas: (1) “irmãos errantes” da igreja laodiceana (a maioria do grupo dos ex-mileritas), (2) crianças que agora estavam chegando à idade da razão, e (3) “almas ocultas”, comparadas aos “sete mil” da Bíblia que “não se dobraram a Baal” (I Reis 19:18), que se converteriam no futuro “em Seu próprio tempo”, quando ouvissem a mensagem; mas na época, ele disse, a mensagem era para os que estavam na igreja laodiceana (nota editorial na Review and Herald 1:64, 7 de abril de 1851).
Em setembro ele relatou alguns conversos desta terceira classe. Em dezembro G. W. Holt, um companheiro de ministério em Nova Iorque, escreveu que “em alguns lugares onde há apenas alguns meses aparentemente não havia sinal de existir um só filho deDeus, eles agora estão surgindo”. Em fevereiro seguinte, Tiago White relatou “muitos”, e Em maio “uma grande porção” daqueles que não tiveram conexão nenhuma com o movimento de 1844. Estas conversões parecem ter mudado o quadro. Tiago White escreveu em fevereiro, apresentando um novo conceito da “porta fechada”: “Ela contudo representa um importante evento ao qual a igreja está ligada, que devia ocorrer antes da volta de nosso Senhor das bodas. Esse evento não exclui nenhum dos sinceros filhos de Deus, nem aqueles que não rejeitaram impiamente a luz da verdade e a influência do Espírito Santo” (nota editorial no 1 na Review and Herald 2:94, 17 de fevereiro de1852). Depois de citar Isa. 22:22 e Apoc. 3:7 e 8 sobre a porta fechada e aberta, ele continuou: “Ensinamos esta Porta Aberta, e convidamos aqueles que têm ouvidos para ouvir, a virem a ela e encontrarem salvação através de Jesus Cristo. Há uma excelente glória no conceito de que Jesus ABRIU A PORTA do santíssimo. … Se for dito que somos da teoria da PORTA ABERTA e do sábado, não objetaremos; pois esta é nossa fé” (ibid. 95).
Fonte: Seventh-day Adventist Encyclopedia (Enciclopédia Adventista do Sétimo Dia), 2ª edição revisada, Commentary Reference Series vol. 11. Hagerstown, Maryland: Review and Herald Publishing Association, 1996, págs. 249-252.
Primeiro presidente adventista
Postado por Bíblia e a Ciência às 22:27
terça-feira, 20 de outubro de 2015.
General adventista já exercia o cargo de ministro de Emprego, Produtividade e Relações Industriais. Créditos da imagem: acervo do governo de Fiji.
O novo presidente das ilhas Fiji, no Pacífico Sul, é um adventista do sétimo dia. Com 31 votos a favor e 14 contra, o general-de-divisão Jioji Konrote foi eleito pelo parlamento no dia 12 de outubro para um mandato de três anos. É a primeira vez que um membro da igreja assume a presidência da nação.
A cerimônia de posse de Konrote, que exerce a função de ministro de Emprego, Produtividade e Relações Industriais, está prevista para ocorrer no início do mês de novembro.
Em um anúncio oficial sobre a nomeação, conforme informou a agência internacional de notícias da Igreja Adventista (ANN), o primeiro-ministro de Fiji, Frank Bainimarama, disse que o general adventista é “um modelo de lealdade, coragem e devoção como comandante militar, de honestidade e dedicação como ministro, e de tato e perseverança como um diplomata”.
Konrote tem um longo currículo como militar e diplomata. Ele é o único fijiano a ser nomeado comandante da Força Interina das Nações Unidas no Líbano e secretário-geral adjunto das Nações Unidas. Ele tem servido como o Alto Comissariado da ONU para a Austrália e Fiji, além de embaixador plenipotenciário para Cingapura. Em 2006, ele foi eleito membro do parlamento de Fiji e, desde então, tem servido como ministro.
Segundo informou a ANN, Jioji Konrote é um membro respeitado de uma congregação adventista na capital, Suva, a cidade mais populosa e principal centro cultural e turístico das ilhas Fiji.
Com uma população de aproximadamente 900 mil habitantes, Fiji viveu situações políticas delicadas nos últimos anos. Foram três golpes de Estado e uma tentativa de sublevação desde que conquistou sua independência, em 1970. Curiosamente, hoje a república parlamentarista é governada pelo mesmo militar que promoveu o golpe de 2006. Frank Bainimarama assumiu como primeiro-ministro em 2014, após ganhar as eleições que consumaram o retorno à democracia.
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