De Joshua Soares, pesquisador, obreiro e evangelista da Associação Norte Catarinense da IASD
Professor Demóstenes Neves da Silva - da Faculdade IAENE
.Indaial 21 de junho de 2014, texto pesquisado sobre o ano de 2000 ou seja, sabemos muito bem que esses ventos viriam com mais poder para tentar destruir aqueles pequeninos do rebanho de Deus que por incrivel que pareça muitos que seguiram a Filosofia de que a IASD esta corrumpida, que o Espirito Santos não é Deus e que Jesus tambem não é Deus infelizmente hoje esses não estão em igreja nem uma e suas vidas esta cada vez mais atolado na lama do pecado.
Espero poder contribuir um pouco com a ajuda de Deus e obvio e do poder do Espirito Santos que pra mim e um Deus todo poderoso e Criador dos Céus e da terra.
1. Por que a
doutrina da Trindade e do Espírito Santo são progressivas na Bíblia e na
história da IASD?
1) A luz
de Deus é progressiva (Provérbios 4:18). A doutrina do Espírito Santo, como
revelada nas Escritura, não foi entendida amplamente no Antigo Testamento (a
partir daqui AT). Mesmo a compreensão de quem seria o Messias e Sua obra não
seria plenamente obtida antes do advento do Novo Testamento (a partir daqui
NT). Como muitas outras verdades, o entendimento acerca do Espírito Santo ainda
era parcial.
2) Na
Igreja Adventista do Sétimo dia (IASD) a doutrina estabeleceu-se como uma luz
progressiva. Não é para ignorar esse fenômeno pois o mesmo ocorreu com a
doutrina do Sábado, Reforma de Saúde, Dízimo, Santuário, Dom Profético e até
mesmo a compreensão mais completa da Justificação pela Fé.[1]
3) Vários
dos pioneiros eram originários da Conexão Cristã, uma denominação evangélica
norte-americana, que mantinha pontos de vista doutrinários equivocados sobre a
Trindade e, consequentemente sobre o Espírito Santo. Numa atmosfera de encontro
de tantas novas idéias somente o tempo e
o amadurecimento da igreja poderiam operar mudanças sem colocar em risco, pelas
disputas doutrinárias, a unidade da igreja nascente.[2]
4) A
IASD, conforme declara o seu Manual,
reconhece a divindade e a personalidade do Espírito Santo.[3]
O consenso doutrinário tornou-se suficientemente claro para um posicionamento
já por volta de 1900 e foi publicada claramente na formulação de crenças em
1931.[4]
25. Então toda
essa guerra contra a doutrina da Trindade nasce de influência que vem de fora
da Bíblia e que é pagã?
Isso
mesmo. Conforme apresentado até aqui, a Trindade é uma doutrina peculiar do
cristianismo. Ela difere das contrafações que possam ser encontradas no
paganismo religioso ou filosófico. É inevitável o confronto com passagens que
explicitamente declaram:
1) a divindade de Jesus e[5]
Além disso, suas qualidades divinas de ter vida em Si mesmo, perdoar pecados,
ser adorado,[6]
ter Seu nome substituindo o nome de Jeová nas passagens citadas do AT no NT
entre outras, são apenas algumas áreas que conferem a Jesus prerrogativas e
atributos que somente pertencem a Deus, o Pai.
2) Um fato complicador adicional que contraria o
unitarismo radical russelita (relativo às Testemunhas de Jeová),[7]
que assemelha-se ao muçulmano,[8]
que também não crê na Trindade, é que tais atributos e prerrogativas divinas
também são conferidos ao Espírito Santo
em dezenas de passagens. Ou seja, embora a Bíblia fale de um só Deus, declara
ao mesmo tempo que esse Deus apresenta-se como Pai, e Filho e Espírito Santo.
Não no sentido de modalidades de uma mesma pessoa que ora aparece como Pai,
depois como Filho e algumas vezes como Espírito Santo. Esse pensamento não
suporta o peso do ensino bíblico que apresenta as três pessoas de forma
distinta, separados, interagindo simultaneamente de forma pessoal e mencionados
como Deus.
A
igreja, aceitou o testemunho das Escrituras de um só Deus em três pessoas
distintas que se manifestam de forma cada vez mais clara à medida que a luz da
verdade progride do Antigo para o Novo Testamento.
25. Há
passagens bíblicas que demonstram a divindade das três pessoas da Trindade?
Sim, muitas. Citaremos apenas algumas, em três
etapas.
1) A Bíblia afirma EXPLÍCITAMENTE A DIVINDADE DOS
TRÊS:
1. Deus Pai é Deus (cf. Jo 20:17; Ef 4:6, etc.),
2. o Filho é Deus (cf. Jo 1:1; At 20:28; Rm 9:5;
Cl 2:9; Hb 1:8; 2 Pe 1:1, etc.)
3. o Espírito Santo é Deus (cf. At 5:3 e 4).
Se Ele é Deus, então, não é nenhum anjo e nem uma energia.
2) A Bíblia diz que as três pessoas têm os mesmos ATRIBUTOS
DIVINOS:
Deus Pai Deus Filho Deus Espírito Santo
1.
Eternidade: Is. 40:28; 1 Tm 1:17; Is
9:6; Mq 5:2; Hb 9:14
Sl 90:2 Ap 1:8 e 17; 22:13
2. Onipotência: Gn 28:3; Sl 91:1 Mt 28:18; Cl 2:9; Is
11:2; Mq 3:8;
Ap 1:8 Lc
1:35; 4:14; At 1:8
3. Onipresença: Sl 139:5,8-12; Pv 15:3 Mt 18:20; 28:20 Sl
139:7
4. Onisciência:
Sl 139:1-4, 23-24; Mt 9:4; Jo 2:25 Is 40: 13 e 14;
33:13;
I Co 2:10-11
5.Criador: Gn 1:1; Is 42:5; At 17:24 Jo
1:1-3; Hb 1:2 e 10 Gn 1:2; Jó 33:4;
Sl
104:30; Ez 37:9 e 14
6. Doador de vida:Gn 2:7 Jo 14:6 Jó
33:4; Ez 37:9 e 14
7. Recriador:
Is 65:17 2 Co
5:17 Jo 3:5 e 6
8. E YAVEW O (eterno) IS. 40:28 Is 45:18 e Jo 1:1-3
Sl 95:7 (começando
Sl 102:22 e 25 e com “Hoje,
se ouvir-
Hb 1:10-12 des...) até v. 11.
Compare com Hb 3:
7-11,
onde é dito que
foi o Espírito Santo quem proferiu estas palavras
* Demóstenes Neves da Silva é professor da Faculdade
de Teologia no SALT-IAENE. O presente material é uma adaptação de artigo
publicado em uma das Revistas Teológicas do SALT/IAENE.
[1] Victor
Casali, Historia de las doctrinas
adventistas (Entre Rios, Argentina: Universidade Adventista del Plata,
1991), 130-139.
[6] Adoração
prestada a Jesus: Mt 2:2, 8, 11; 8:2; 15:25; 28:9, 17 (compare com a declaração
de Mt 4:9, 10); Lc 24:52; Fl 2:9-11, entre outras.
[8] Apesar
de seu unitarismo radical o próprio Alcorão repete o pensamento herdado do
judaísmo referindo-se a Deus no plural. Erickson, 167, 168. Além disso é o
mesmo Alcorão que declara de forma enfática que tanto o AT como o NT foram
dados por Alá. Surata II, 87, 113, 121; III, 3, 4. Também, embora negando a
Trindade, o Alcorão combate um conceito desta que é diferente da encontrada na
Bíblia., ou seja, semelhante ao triteísmo ou às tríades pagãs: “São blasfemos
aqueles que dizem: Trindade! Porquanto não existe deus algum além do Deus
Único.” (Surata V, 73). Esta afirmação pode, sem problemas, ser também
compartilhada pelos trinitarianos. Mesmo porque, a doutrina da Trindade, na
acepção bíblica, não admite três deuses separados, sendo dois outros “além” do
Deus Pai, mas um só Deus em três pessoas, como pode ser comprovado na Bíblia.
Assim, o Alcorão combate tríades, denominando-as trindades. O problema aqui
ainda reside na incompreensão do verdadeiro sentido bíblico da Trindade.
9.
Tem mente (são pessoas): Rm 11:34 1 Co 2:16 Rm 8:27
10.
É Presciente Is 46:10 Jo 14:29 At 1:16
Se
Ele tem as qualidades de Deus o Pai e do Filho então o Espírito Santo não é uma energia e nem é um anjo criado e
finito.
III
– Vejamos 10 das características
pessoais do Espírito Santo:
- Fala: 2 Sm 23:2; At 13:2; 1 Tm 4:1
- Ensina: Jo 14:26
- Guia: Rm 8:14
- Convence: Jo 16:8
- Tem mente, perscruta: Rm 8:27; 1 Co 2:10 e 11
- Testifica: Rm 8:16
- Envia para o serviço: At 13:2
- Intercede: Rm 8:26
- Pode ser entristecido: Ef 4:30
- Distribui dons: 1 Co 12:8 e 11.
Se
Ele tem características pessoais, então, em lugar de um ser impessoal ou
energia Ele é um ser pessoal como o Pai
e o Filho.
26. È possível identificar, de
forma explícita, sem confundir as pessoas do Pai, Filho e Espírito Santo?
Sim,
em dezenas de passagens . Tomemos um exemplo entre muitos da Bíblia retirado do
evangelho de João. Nas perguntas que se seguem apresentaremos outras razões.
1) O Espírito
Santo não é Jesus
a) “Rogarei
ao Pai e ele vos dará OUTRO Consolador.” Jo. 14:16.
Se Jesus roga ao
Pai para dar outro Consolador, então o Consolador, o Espírito Santo não é Jesus.
2) O Espírito
Santo não é o Pai
a) “ele [o Pai] VOS DARÁ
outro...” Jo. 14:16
b) “o Pai ENVIARÁ...”
Jo. 14:26
c) “enviarei DA PARTE do
Pai” Jo. 15:26
d) “que DELE [do Pai]
PROCEDE...” Jo. 15:26
Se o Pai vai
dar outro (como foi Ele quem deu o primeiro Consolador); se é Ele quem vai enviar,
pois vem da parte dele e dele procede, então o Consolador também não é o Pai.
Jesus vai para o
Pai, fica com o Pai, e o Espírito Santo vem enviado por ambos, após Jesus
chegar no céu. (João 14:26, 15:26; 16:7, 8 e 10)
3) O Pai não
ficou satisfeito em entregar Seu Filho (a segunda pessoa da Divindade) na cruz,
Ele enviou a terceira Pessoa, o Espírito Santo para estar conosco para sempre. Jesus
estava falando sério ao dizer que não nos deixaria sozinhos, Ele está conosco
através de outro Consolador como Ele era Consolador, e o segundo Consolador é o
Espírito Santo o qual vem do Pai que o envia. Portanto três pessoas separadas:
o Pai; o Filho e o Espírito Santo.
27. Há outro episódio que demonstra o Espírito Santo como outra pessoa?
Vários, citaremos mais um.
1) O livro de Atos declara que o Espírito
Santo existe individualmente (At 19:2) e opera (v.6). O verbo usado para “existir”
(v. 2) é o verbo ser (gr. estin). [1]
2) A Bíblia deixa claro que o que aqueles
discípulos não sabiam sobre Deus era a existência do Espírito Santo.
3) Evidentemente não tinham dúvidas sobre
a existência de Deus o Pai; o Messias e os anjos, que faziam parte da tradição
teológica judaica e com a qual os primeiros cristãos estavam familiarizados
mas, como disseram, “nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo.” O Espírito
era, para eles, um novo personagem que,
como já vimos e veremos adiante um pouco
mais, a Bíblia confere atributos (qualidades inerentes) e prerrogativas
(direitos) que só pertencem a Deus e, assim, não se pode chegar a outra
conclusão a não ser sua divindade na Trindade.
28. A doutrina da Trindade
se baseia no texto interpolado de I João 5:7-8?
De forma
alguma.
1) A
Trindade é negada por alguns desinformados alegando-se a fragilidade do texto
de 1Jo 5:7-8, cuja porção interpolada, como encontrada na Vulgata antiga, só
possui registro em manuscritos a partir do século XVI.[2]
[1] Todas as
referências ao grego do Novo Testamento sem indicação da página, por motivos
práticos, seguem a localização dos verbetes em grego e são do The Analytical Greek Lexicon of the New
Testament (Grand Rapids, MI: Zondervan Publishing House, 1977).
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