Meditações Diárias 2014 – 4 de junho – Ligado na Videira
O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro [...]Qualquer que se não prostrar e não a adorar será, no mesmo instante, lançado na fornalha de fogo ardente. Daniel 3:1, 6
A estátua de ouro, no capítulo três de Daniel, segue a história do sonho do rei Nabucodonosor, no capítulo anterior. Você se lembra do sonho sobre a grande estátua e da interpretação divina de que Babilônia seria apenas a cabeça de ouro? O capítulo dois do livro termina com Nabucodonosor reconhecendo que o Deus de Daniel é o “Senhor dos reis, e o revelador de mistérios” (Dn 2:47). No terceiro capítulo, o ambiente é outro. Segundo alguns, dezoito anos haviam se passado. Outros pensam que haviam transcorrido de cinco a seis anos. O que fica claro é que a impressão anterior de Deus havia se desvanecido da consciência do rei. Permanecera apenas a perturbadora memória da natureza temporária de seu reino.
A interpretação divina do sonho assegurava que Babilônia era apenas a cabeça de ouro, sucedida por outros reinos, simbolizados por outros metais inferiores. A imagem erguida na planície de Dura, contudo, era toda de ouro, da cabeça aos pés, indicando a rebelião de Nabucodonosor contra o decreto do Altíssimo. O rei estava determinado a fazer seu império durar para sempre. Que extraordinária representação da natureza humana, que facilmente se esquece das impressões feitas por Deus! A aceitação da verdade divina hoje não garante que amanhã não voltemos às antigas atitudes.
A ordem do rei era clara: todos deveriam se ajoelhar ao som da música.
A fornalha ardente era visível à multidão reunida na planície como instrumento de intimidação. Apocalipse 13:11-18 usa os elementos de Daniel 3 para ilustrar um teste universal sobre a questão da lealdade no clímax da história. Novamente “Igreja e Estado” se unirão para forçar o culto idólatra: a adoração da besta e de sua imagem. Na planície de Dura, todos se ajoelharam. Todos menos três hebreus, que permaneceram de pé. Vivemos na época do comportamento globalizado e da conformidade universal. Costuma-se fazer o que todos fazem e pensar como todos pensam. Esse é o poderoso instrumento de Babilônia, tanto antiga quanto moderna. Aproxima-se o tempo quando o Senhor espera que novamente Seus seguidores desafiem as forças do engano que estarão unidas em desafio a Deus. Três homens não se curvaram, não se dobraram nem se deixaram intimidar. Eles também não se queimaram! (Clique aqui: leia o Comentário da Lição – Ligado na Videira)
Cristianismo Moderado? – Meditações Diárias 2014 – 5 de junho – Ligado na Videira
Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer. Lucas 17:10
Moderação em termos de crescimento espiritual não é virtude cristã. Foi a filosofia grega que supervalorizou os méritos da “moderação”, não o cristianismo. Conforme o teólogo escocês Peter Taylor Forsyth observou: “Não há excesso em amar a Deus. Não há excesso em crer nEle. Não há excesso na santidade. Verdadeira fé nEle é sempre imoderada e absoluta.” Isso significa que não há limites para nosso compromisso e dedicação a Jesus Cristo. Estaremos sempre aquém em amá-Lo, conhecê-Lo, crer nEle e servi-Lo. Sempre aquém, ainda, em nossa resposta ao Seu convite à santidade. Em outras palavras, haverá sempre “muita terra para ser conquistada”.
O erro perfeccionista não é ser radical, mas não ser radical o bastante, e contentar-se com muito pouco. Perfeccionistas, por causa de sua compreensão superficial de pecado, facilmente se sentem “triunfantes e vitoriosos”. Cometem o engano de se julgarem espiritualmente superiores, vítimas da síndrome do “já alcancei”. Concluem que, em algum momento, alcançarão um estágio de impecaminosidade absoluta e serão tão santos que não mais precisarão de Cristo. O perigo dessa atitude é que aqueles infectados por ela tornam-se inconscientes da malignidade do mal radicado dentro deles.
Entender que não há limite para nossa consagração a Ele abre espaço para a humildade e a despretensão. A consciência da graça ajuda-nos a entender que não merecemos nenhum tratamento especial. Continuamos “servos inúteis”. Isso também nos ajuda a ver que, quando julgamos estar alcançando o alvo, este se projeta para mais distante. Assim, o avanço deve ser permanente, sem nenhuma bandeira de chegada para ser agitada. Como Ellen White indica, o eco da voz divina chega a nós dizendo “mais alto”. Qual deve ser nossa resposta? “Mais alto ainda, Senhor.” Tal atitude torna difícil cairmos na armadilha do “cristianismo moderado”, que se satisfaz com muito pouco.
Observe: o alvo do crescimento cristão não é determinado por qualquer agenda perfeccionista, com motivações falsas. Foi Jesus quem estabeleceu o cenário para a resposta cristã radical, que nos convida a tomar a cruz e morrer diariamente. (Clique aqui: leia o Comentário da Lição – Ligado na Videira)
Escolhas – Meditações Diárias 2014 – 6 de junho – Ligado na Videira
Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência. Deuteronômio 30:19
Todos nós reconhecemos o valor e a importância das escolhas. O que esquecemos, em geral, é o fato de que as pequenas escolhas condicionam as grandes. Além disso, a sequência das escolhas determina a direção da vida.
Se você deseja ir para o norte, não se chega lá fazendo escolhas na direção do sul, seguindo precisamente para o sentido oposto. Essa verdade é muito simples, mas crucial. Muitos julgam que chegarão a determinado propósito, seja ele a felicidade no casamento, a realização profissional, um curso de estudos, uma vida saudável ou o objetivo maior de todo verdadeiro cristão, a vida eterna, simplesmente por “desejarem” chegar lá. Porém, o desejo não se realiza independentemente de nossas decisões diárias e da direção adotada.
Medite na realidade do seguinte texto: “Podem-se tomar num momento decisões que determinem a condição de uma pessoa para sempre. [...] Por um ato momentâneo da vontade podeis colocar-vos no poder de Satanás; será preciso, porém, mais que um momentâneo ato da vontade para quebrar-lhe as cadeias e atingir uma vida mais alta e santa. Pode-se formar o desígnio, começar a obra, mas sua realização requererá labuta, tempo e perseverança, paciência e sacrifício. O homem que se afasta de Deus deliberadamente em plena luz verificará, quando desejar voltar, que cresceram cardos e espinhos na senda a palmilhar e ele não precisa se surpreender nem desanimar se é compelido a caminhar longamente com os pés dilacerados e a sangrar” (Ellen G. White, Minha Consagração Hoje, p. 322).
Tenho observado com frequência a realidade do que aí está dito. Ao longo da vida, tenho visto pessoas que por uma única escolha definiram uma direção e, no caminho, os obstáculos se avolumaram, fazendo do percurso de volta um trajeto de elevado custo pessoal. “Voltar é muito difícil”, dizia-me um amigo, depois de muitos anos de afastamento de Deus. Tenho ouvido outros dizerem: “Esta não era minha intenção. Nunca planejei chegar a este ponto.” O problema é que não são as intenções, mas as escolhas que determinam os resultados. As escolhas, em geral, seguem as mesmas leis da agricultura: (1) colhemos o que plantamos; (2) colhemos num outro tempo; (3) colhemos muito mais do que semeamos.
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