CAMINHO A CRISTO
Essa foi a nossa meditação do dia 29/05/2015 – Porto do Sol.
Capítulo 3 —
Mudança de rumo Como pode alguém ser justo diante de Deus?
Como pode o pecador
ser justificado?
É unicamente por meio de Cristo que podemos ser postos em
harmonia com Deus, com a santidade; mas como devemos chegar a Cristo? Muitos
fazem hoje a mesma pergunta que fez a multidão no dia de Pentecoste, quando,
convencidos do pecado, clamaram: “Que faremos?” Atos 2:37. A primeira palavra
da resposta de Pedro foi: “Arrependei-vos.” Atos 2:38. Noutra ocasião, logo
depois, disse: “Arrependei-vos, ... e convertei-vos, para que sejam apagados os
vossos pecados.” Atos 3:19. O arrependimento compreende tristeza pelo pecado e
afastamento do mesmo.
Não renunciaremos ao pecado enquanto não reconhecermos a
sua malignidade; enquanto dele não nos afastarmos sinceramente, não haverá em
nós uma mudança real da vida. Muitos há que não compreendem a verdadeira
natureza do arrependimento. Multidões de pessoas se entristecem pelos seus
pecados, efetuando mesmo exteriormente uma reforma, porque receiam que seu mau
procedimento lhes traga sofrimentos. Mas não é este o arrependimento segundo o
sentido que lhe dá a Bíblia. Lamentam antes os sofrimentos, do que o próprio
pecado. Tal foi a tristeza de Esaú quando viu que perdera para sempre o direito
da primogenitura. Balaão, aterrado à vista do anjo que se lhe pusera no caminho
com a espada alçada, reconheceu seu pecado porque temia que devesse [24] perder
a vida; não teve, porém, genuíno arrependimento do pecado, nem mudança de
propósito ou aborrecimento do mal. Judas Iscariotes, depois de haver traído seu
Senhor, exclamou: “Pequei, traindo sangue inocente.” Mateus 27:4. A confissão
foi arrancada de sua alma culpada, por uma horrível consciência de condenação e
temerosa expectação do juízo. As conseqüências que o aguardavam enchiam-no de
terror; mas não houve em sua alma uma profunda e dolorosa tristeza por haver
traído o imaculado Filho de Deus e negado o Santo de Israel. Faraó, quando
sofria sob os juízos de Deus, reconheceu seu pecado, para escapar a 14 Mudança
de rumo 15 castigos posteriores; mas voltava a desafiar o Céu apenas suspensas
as pragas. Todos esses lamentaram as conseqüências do pecado, mas não se entristeceram
pelo próprio pecado.
Quando, porém, o coração cede à influência do Espírito de
Deus, a consciência é despertada, e o pecador discerne alguma coisa da
profundeza e santidade da lei de Deus, base de Seu governo no Céu e na Terra. A
“luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo” (João 1:9), ilumina
também os secretos escaninhos da alma, e as coisas ocultas das trevas se põem a
descoberto. A convicção se apodera do espírito e da alma. O pecador tem então
uma intuição da justiça de Jeová e experimenta horror ante a idéia de aparecer,
em sua própria culpa e impureza, perante o Perscrutador dos corações. Vê o amor
de Deus, a beleza da santidade, a exaltação da pureza; anseia por ser
purificado e reintegrado na comunhão do Céu.
A oração de Davi, depois de sua
queda, ilustra a natureza da verdadeira tristeza pelo pecado. Seu
arrependimento foi sincero e profundo. Não fez nenhum empenho por atenuar a
culpa; nenhum [25] desejo de escapar ao juízo que o ameaçava lhe inspirou a
oração. Reconheceu a enormidade de sua transgressão; viu a contaminação de sua
alma; aborreceu o pecado. Não suplicava unicamente o perdão, mas também um
coração puro. Anelava a alegria da santidade — ser reintegrado na harmonia e
comunhão com Deus. Era esta a linguagem de sua alma:
“Bem-aventurado aquele
cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.
Bem-aventurado o homem a
quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano.” Salmos
32:1-2.
Porque eu
conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.
Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a
neve. Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto.
Não me lances fora da Tua presença e não retires de mim o Teu Espírito Santo.
Torna a dar-me a alegria da Tua salvação e sustém-me com um espírito
voluntário. Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, E a
minha língua louvará altamente a Tua justiça.” Salmos 51:1, 3, 7, 10-12, 14. 16.
Caminho a Cristo Arrependimento como esse, está além de nossas forças realizar;
só é obtido por meio de Cristo, que subiu ao alto e deu dons aos homens.
Exatamente aqui está o ponto em que muitos erram, sendo por isso privados de
receber o auxílio que Cristo lhes desejava conceder. Pensam que não podem
chegar a Cristo sem primeiro arrepender-se e que é o arrependimento que os
prepara para o perdão de seus pecados. É certo que o arrependimento precede o
perdão dos pecados, pois unicamente o coração quebrantado e contrito é que
sente a necessidade de um Salvador. Mas terá o pecador de esperar até que se
tenha arrependido, antes de poder chegar-se a Jesus? Deve fazer-se do
arrependimento um obstáculo entre o pecador e o Salvador? A Bíblia não ensina
que o pecador tenha de arrepender-se antes de poder aceitar o convite de
Cristo: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.”
Mateus 11:28. É a virtude que emana de Cristo, que conduz ao genuíno
arrependimento. Pedro elucidou este ponto em sua declaração aos israelitas,
dizendo: “Deus, com a Sua destra, O elevou a Príncipe e Salvador, para dar a
Israel o arrependimento e remissão dos pecados.” Atos 5:31. Assim como não
podemos alcançar perdão sem Cristo, também não podemos arrepender-nos sem que o
Espírito de Cristo nos desperte a consciência. Cristo é a fonte de todo bom
impulso. Ele unicamente, é capaz de implantar no coração a inimizade contra o
pecado.
Mudança de Rumo é o que precisamos toma.
Cada um de nós, devemos buscar ao Senhor o quanto se pode achar. Isaias 55:6
Por Joshua Soares.
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